André Rieu
André Léon Marie Nicolas Rieu (Maastricht, Países Baixos, 1 de outubro de 1949) é um violinista, regente e empresário neerlandês. Ativo desde 1978, André Rieu é essencialmente orientado para uma forma de música easy listening, com um repertório baseado em peças de música ligeira e valsas vienenses muito conhecidas do público e fortemente ancoradas na memória popular. Sua Maastricht Salon Orchestra, depois renomeada Johann Strauss Orchestra, é também a base de um lucrativo negócio que emprega uma centena de pessoas e fatura anualmente dezenas de milhões de euros, provenientes de discos e turnês. Conhecido como o "Embaixador das valsas", divide o topo das paradas da Alemanha, França e Países Baixos com grandes nomes da música pop. Além disso, suas performances valeram-lhe os melhores postos das paradas clássicas da Billboard, dez milhões de discos vendidos e uma carreira de sucesso em mais de trinta países. Infância e estudosPertencente a uma família de origem francesa huguenote, André Rieu cresceu ouvindo música erudita: sinfonias, música de câmara e óperas. André Rieu nasceu em 1 de outubro de 1949 na cidade de Maastricht (Países Baixos), onde viviam seus pais e duas irmãs, desde a mudança de Amsterdã. Seu pai, André Rieu Sr., foi regente da Orquestra Sinfônica de Limburg, na época ainda chamada de Orquestra Sinfônica de Maastricht e da Opera em Leipzig,[1] fez dos seis filhos músicos. Seu pai morreu em 1992 devido a um acidente vascular cerebral que o deixou paralisado,[2] André, entretanto, já desde os cinco anos, começara a tomar aulas de violino, mas foi só quando tocou sua primeira valsa, quando estudante no conservatório, que a paixão pela música surgiu. Em 1967, depois de deixar a escola secundária, André Rieu continua a estudar violino no Conservatório de Liège e mais tarde no Conservatório de Maastricht até 1973. Entre seus professores estavam Jude e Jo Herman Krebbers. Em 1974 ele junta-se ao corpo de músicos do Conservatório Real de Bruxelas, onde terá aulas com o professor André Gertier. Ele concluiu seus estudos em 1977, e recebeu a distinção do "Premier Prix", e para concluir seus estudos neste mesmo ano ele vai para a Academia de Música de Bruxelas. Lá ele desenvolve uma maior ligação [mais afetiva] com a música de salão e, especialmente, a valsa. TrajetóriaSua primeira e bem sucedida empresa musical foi "orquestra de Salão Groningsch Plush", depois deste ele fundou a "Orquestra de Salão de Maastricht" em 1978. Por esta época a maioria de seu público era composta, em sua maioria, de idosos (para quem a música tinha um sentimento nostálgico), seu sucesso cresceu rapidamente e em 1987 ele expandiu seu conjunto para a Orquestra Johann Strauss. Antes disso, entretanto, como violinista da Orquestra Sinfônica de Limburg, ele mantinha atividades musicais paralelas, gravando discos independentes. Sucessos que perpetuaria depois com o CD Strauss & Co, lançado em 1994, chegou aos Estados Unidos com o título Da Holanda, com Amor, e na França, Espanha e Brasil como Valsas. Os vários nomes não atrapalharam em nada a trajetória do álbum, que transformou o artista em um fenômeno de vendas, com repercussão em seus trabalhos seguintes, como The Vienna I Love, André Rieu In Concert e The Christmas I Love, Love Around the World, entre muitos outros. O grande avanço veio, entretanto, a partir de 1994 com o Second Waltz from Suite para Orquestra Variety por Dmitri Shostakovich, que foi um (hit) sucesso inesperado. Desde então, ele viajaria o mundo com sua música clássica, música de salão espetacular, opereta, trilhas sonoras e música pop não só para os experientes frequentadores de concertos, mas para um grande e novo público que apreciava mais as apresentações orquestrais. André Rieu, por conta de sua grande atuação cultural, foi condecorado, em 2002, com o título de "Cavaleiro da Ordem do Leão Holandês" e em 5 de março de 2009 ele foi nomeado, na França, com o título de "Cavaleiro da Ordem das Artes e Letras" por causa de propagação e popularização da música clássica no mundo e, especialmente naquele país. Apesar do sucesso artístico mundial Rieu teve uma série de problemas financeiros. A sua empresa "Andre Rieu Productions Holding", no início de 2010 uma dívida de 12 milhões de euros junto ao Rabobank. Rieu teve que dar seu nome como garantia para o banco.[3][4] Em 2009, considerando a vendas de ingressos, significativamente superior ao ano anterior, Rieu foi considerado entre o sexto (6) artista que mais vendeu, à frente de Britney Spears (7), Metallica (11) e Beyoncé (12). O que alavancou consideravelmente os negócios e o sucesso de sua empresa.[5][6] Em 2014, Rieu realiza sua tradicional décima série de concertos no Vrijthof, em Maastricht. Estes concertos são tradicionais nas cidades holandesas de Amsterdã, Arnhem, Heerenveen e Maastricht e é nesta última, desde 2005, onde ocorrem as clássicas apresentações anuais, no Vrijthof, que funciona como uma espécie de reconhecimento por ser ela a sua casa. Rieu ganhou por sete vezes o Prêmio da "Exportprijs" Conamus/Buma.[nota 1] André Rieu fala fluentemente o neerlandês, inglês, alemão, francês, italiano e espanhol. Atualmente está aprendendo o português, porém acha difícil a pronúncia das vogais anasaladas da língua portuguesa. Em 2009, foi lançado no Brasil o DVD André Rieu Live in Austrália, com os melhores momentos do espetáculo. Seus concertos são exibidos no Brasil através da Rede Vida de televisão. Já se apresentou no Domingão do Faustão, quando surpreendeu o público ao executar, com coro e orquestra, a canção "Ai se eu te pego", sucesso do cantor sertanejo Michel Teló. Em PortugalActuou em 3 e 4 de Maio de 2001 no Coliseu dos Recreios onde apresentou o trabalho «La Vie est belle».[7] Rieu actua em Março de 2019, esgotando a Altice Arena por sete vezes. São 12 mil espectadores por concerto, que tornam André Rieu no artista que mais encheu a Altice Arena na história da sala. Entretanto, já anunciou mais duas datas para Portugal: 20, 21 e 22 de novembro de 2019, e para 2020.[8] CríticasApesar do sucesso internacional com o mix de valsas e música popular, Rieu também atrai críticas, como a de David Templeton, da revista Strings:
Sobre sua popularidade e toda a polémica mediática que o cerca, Eamonn Kelly escreveu no jornal The Australian:
Mas Kelly pondera:
Trivialidades
Discografia
Notas
Referências
Ligações externas
|