André Jordan
Andrzej Franciszek Spitzman Jordan, mais conhecido como André Jordan GCM • ComMAIC • GOIH • GCMC (Leópolis, Polónia, atual Ucrânia, 10 de setembro de 1933 - 9 de fevereiro de 2024), conhecido como pai do turismo português[1] e pai do turismo de qualidade, foi um empresário e escritor luso-brasileiro [2] de origem judaica polaca,[3] sendo considerado o maior promotor imobiliário em Portugal.[3][4] BiografiaFoi o fundador, idealizador e promotor dos empreendimentos Quinta do Lago,[5] Belas Clube de Campo,[6] Vilamoura XXI,[7] entre outros. Em 2014 foi considerada uma das 12 personalidades mais influentes no turismo a nível mundial.[8] Após visitar a Quinta do Lago em 1970, então um domínio agrícola de fraca rentabilidade, em estado quase virgem, conhecido por Quinta dos Descabeçados, André Jordan imaginou o conceito que nortearia este empreendimento, inspirado no resort uruguaio de Punta del Este, introduzindo o golfe como fator de atração.[7] Um espaço de 645 hectares foi adquirido em 1972 pela sociedade Planal SA, fundada pelo empresário. A construção ocorreu ao ritmo em que as vendas foram sendo feitas, com os primeiros lotes vendidos a 6 de janeiro de 1973.[9] Em 1974 os dois campos de golfe já se encontravam concluídos e operacionais, recebendo em 1976 o seu primeiro Open de Portugal. Estagnado após a Revolução dos Cravos, devido às dificuldades políticas e económicas dela decorrentes, o projeto foi retomado em 1983.[2][10] O património do empreendimento, incluindo dois campos de golfe,[2] foi avaliado em 2006 em 4 mil milhões de euros.[11] Em 2006 publicou o livro "O Rio que Passou na Minha Vida", sobre a sua vivência no Rio de Janeiro dos anos 1950, época em que viveu uma temporada com o pai no Copacabana Palace.[12] Tinha quatro filhos de casamentos anteriores e nove netos. DistinçõesComo cidadão estrangeiro, de nacionalidade brasileira, em Portugal:[13]
Como cidadão português:[14]
Em 2007, no âmbito das comemorações do sexagésimo aniversário do Museu de Arte de São Paulo, foi ali colocado um painel com o seu nome e o do seu pai Henryk Spitzman Jordan, na qualidade de doadores de obras de arte ao museu, incluindo obras de Paul Cézanne, Édouard Degas e Vincent van Gogh.[15] Em 2014 foi distinguido com o World Travel Leader Awards pelo seu contributo para o desenvolvimento do turismo do Algarve, destacando-o entre as doze pessoas mais influentes do turismo a nível mundial. A distinção foi anunciada em Londres, durante a 35ª edição do World Travel Market, o maior e mais participado evento da indústria do turismo, que desde 1980 se dedica a celebrar as maiores conquistas do setor e a projetar os seus caminhos e sucessos futuros, reunindo durante quatro dias mais de cinquenta mil profissionais da indústria de viagens e turismo e outros parceiros do setor.[8] Simon Press, diretor sénior do evento, salientou o papel fundamental de André Jordan para ajudar a desenvolver e transformar o Algarve "no conhecido e belo destino de férias que é atualmente".[1][8] André Jordan foi ainda agraciado em como Grande-Oficial da Ordem de Rio Branco e com a Medalha Mérito Tamandaré, no Brasil.[1] André Jordan era Doutor Honoris Causa pelo Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE), Instituto Universitário de Lisboa, e pela Universidade do Algarve. Após a dedicação, envolvimento e serviços prestados em prol do desenvolvimento do Duke of Edinburgh’s Internacional Award. Foi nomeado e distinguido Oficial da Ordem do Império Britânico (OBE), passando a integrar o conjunto de personalidades homenageadas em 2021 pela Rainha Isabel II.[16][17] Referências
Bibliografia
Outras referênciasLigações externas |