Andebol 1
O Campeonato Placard Andebol 1[1] é a principal competição de Andebol em Portugal. É atualmente disputado por 12 equipas sendo que as primeiras 4 seguem para a Fase de Campeão,depois do 5° ao 8° lugar e as últimas quatro lutarão pela manutenção. É o escalão mais alto do campeonato português de andebol. O campeonato é disputado no formato de todos contra todos a duas voltas e num sistema de pontos corridos. O ranking da EHF da época 2021-22 coloca Portugal em 8º lugar, atrás de Dinamarca e Croácia, o que dá acesso às competições europeias aos quatro primeiros classificados do Campeonato Placard Andebol 1. O primeiro classificado tem acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões da EHF e os três seguintes irão disputar a Liga Europeia da EHF, embora apenas o segundo classificado fique automaticamente apurado para a fase de grupos da mesma e o quarto e o quinto classificados terão de disputar um play-off de acesso à prova. As equipas que terminem em 11º e 12º lugar são despromovidas à Divisão de Honra.[2] HistóriaCriaçãoO Andebol foi introduzido em Portugal em 1929 e, em 1939, a Federação de Andebol de Portugal foi criada. Durante a primeira metade do século XX, o desporto tornou-se extremamente popular, tornando-se num dos desportos de equipa mais importantes, além de futebol e hóquei em patins. O número crescente de clubes que figuravam uma equipa de andebol hlevou ao estabelecimento de campeonatos regionais nas Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto, como também em Coimbra. O interesse de definir um "campeão nacional" levou a federação a criar um pequeno torneio entre as melhores equipas de Lisboa e do Porto (inicialmente) e Coimbra (numa segunda fase). Domínio de Sporting e Porto até à Revolução dos CravosAntes da Revolução dos Cravos, apenas três de 23 campeonatos nacionais não foram conquistados pelo Sporting CP ou pelo FC Porto. As duas equipas rapidamente se estabeleceram como os clubes de topo do país, crescendo devido ao ecletismo. Figuraram em ambas as equipas os melhores jogadores portugueses de todo o tempo, criando uma rivalidade Norte-Sul entre o Porto e Lisboa, respetivamente. O FC Porto ganhou o primeiro tetracampeonato (quatro títulos seguidos) na história da competição. Por outro lado, o Sporting CP ganhou o primeiro pentacampeonato (cinco títulos seguidos) na história do andebol português, com uma equipa que viria a ser conhecida como Os Sete Magníficos. No entanto, o FC Porto atingiu uma proeza ainda maior ao conquistar o heptacampeonato (sete títulos seguidos), entre 2008 e 2015. Uma verdadeira liga no panorama europeuEm 1987, o campeonato assumiu o formato em liga disputada com 12 equipa. Esta mudança no formato da competição aproximou a liga portuguesa a outras grandes ligas europeias e levou a um aumento significativo da competitividade. Este crescimento consistente era apoiado pelo investimento de vários clubes, que procuravam segurar vários jogadores estrangeiros (nomeadamente dos Balcãs) como também treinadores experientes,cujo conhecimento do desporto permitiu um aumento sólido na qualidade de jogo. O pico do crescimento dos clubes de andebol em Portugal foi alcançado pelo ABC, de Braga, quando o clube chegou à sua primeira final da Liga dos Campeões da EHF em 1994. O clube perdeu para o CB Cantabria por 45-43. Em 1999-00, o ABC também alcançou as meias-finais da Taça EHF. Diferendo entre Liga e Federação e declínioEm 2001, os clubes do campeonato criaram a Liga Portuguesa de Clubes de Andebol, que tinha o objetivo de dirigir um campeonato de andebol completamente profisisonal chamado Liga Portuguesa de Andebol. Porém, em 2002, a Federação de Andebol de Portugal contestou a validade desta liga e deixou de reconhecer o Campeão da Liga Portuguesa de Andebol como campeão nacional. Como consequência, a segunda divisão foi renomeada para Divisão de Elite e transformada no escalão mais alto do andebol português. Só o vencedor deste campeonato era reconhecido como campeão nacional pela Federação.[3][4][5] A principal consequência desta disputa entre a Liga e a Federação foi a proibição dos grandes clubes profissionais que jogavam na Liga Portuguesa de Andebol de disputar competições europeias pela Federação Europeia de Andebol.[6] Em 2005, a Federação reconheceu a Liga Portuguesa de Andebol como o primeiro escalão do sistema de ligas de andebol de Portugal e concordou em garantir autonomia à Liga de Clubes enquanto a supervisionasse ao mesmo tempo. Atualmente, ainda existe disputas sobre quem foi campeão português durante o período do diferendo. Extinção da Liga e ascensão do andebol portuguêsEm 2009, a Liga de Clubes foi extinta juntamente com a Liga Portuguesa de Andebol. Esta competição foi substituída pelo novo Campeonato Nacional Andebol 1, ou simplesmente Andebol 1, onde todos os clubes forem reintegrados.[7] Após o rebranding, os clubes portugueses de andebol ganharam alguma da sua antiga notoriedade, especialmente em competições internacionais. O Sporting CP conquistou a Taça Challenge da EHF em 2010 e 2017 e o ABC conquistou a competição em 2016 na primeira final unicamente portuguesa, batendo o SL Benfica num resultado agregado de 53-51. O ABC também chegou à final desta competição internacional em 2015. Em 2013–14, o Porto tornou-se na primeira equipa portuguesa a participar na fase de grupos da Liga dos Campeões da EHF desde 2002. Porto, ABC e Sporting também participaram nesta fase da competição em 2015–16, 2016–17 , 2017–18 e 2018-19. Na época 2018-19, o Sporting CP tornou-se na primeira equipa portuguesa a passar a fase de grupos da Liga dos Campeões da EHF. Na época 2021-22, o SL Benfica tornou-se na primeira equipa portuguesa a ganhar a Liga Europeia da EHF. FormatoFormato atualDevido à interrupção da época 2019-20, onde não houve atribuição de campeão nem despromoções à 2ª Divisão Nacional, o modelo competitivo foi alterado, contando desde a época seguinte ano com a participação de 16 equipas. As 16 equipas participantes jogam num formato de liga, todas contra todas duas vezes, na condição de visitado e visitante. Consequentemente, cada equipa disputa 30 jogos no Campeonato Placard Andebol 1. A equipa que terminar em 16º é automaticamente despromovida para a Segunda Divisão, enquanto que o 15º classificado irá disputar um play-off a duas mãos com o 2º classificado da Segunda Divisão, para apurar a última vaga no Campeonato Andebol 1 da próxima época. Atualmente, o campeão qualifica-se diretamente para a fase de grupos da Liga dos Campeões da EHF. O 2º classificado qualifica-se para a fase de grupos da Liga Europeia da EHF e o 3º e 4º classificados apuram-se para o play-off de acesso à fase de grupos da Liga Europeia da EHF. EquipasAs equipas que disputaram a época 2021-22 foram:[8]
Campeões
Títulos por clubeLista de títulos por clube do 1.º escalão desde o Campeonato Nacional da 1ª Divisão de Andebol de 1951–52 até ao Andebol 1 de 2017–18, incluindo os títulos da Divisão de Elite.
*Títulos da Divisão de Elite. Ligações externasReferências
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