O nome brasileiro do jogo vem do francêsmarelle, que por adaptação popular ganhou a associação com amarelo e o sufixo diminutivo.[5]
Origem
Acredita-se que amarelinha teria sido inventada pelos romanos, já que gravuras mostram crianças brincando de amarelinha nos pavilhões de mármore nas vias da Roma antiga. Na época, o percurso carregava o simbolismo da passagem do homem pela vida. Por isso, em uma das pontas se escrevia céu e, na outra, inferno.[6]
Porém, as primeiras referências ao jogo de que se tem registro confirmado datam do século 17. No manuscrito Book of Games (“Livro de jogos”, em português), compilado entre os anos de 1635 e 1672, o estudioso inglês Francis Willughby já descrevia a brincadeira em que crianças pulavam sobre linhas no chão no percurso que simbolizava a trajetória do homem através da vida.[7]
Como jogar
O jogo consiste em saltar num pé sobre oito quadrados gizados ou riscado no chão, que compõem uma figura geométrica, salvo sobre aquele onde cair a pedra ou malha, que é lançada pelos jogadores antes de começarem a jogar.[8][3]
O desenho da figura geométrica tanto pode apresentar quadrados como retângulos, geralmente numerados de 1 a 10, e o topo- o céu[3]- costuma ser de formato semicircular ou oval.
Cada jogador atira uma pedrinha ou malha, inicialmente à casa com o número 1, devendo acertar dentro das linhas. Em seguida, salta ao pé coxinho nas casas isoladas e com os dois pés nas casas duplas, evitando a que contém a pedrinha.
Chegando ao céu, pisa com os dois pés e retorna, pulando da mesma forma até as casas 2-3, de onde o jogador tem de apanhar a pedrinha do chão, sem perder o equilíbrio, e saltar de volta ao ponto de partida. Não cometendo erros, atira a pedrinha à casa 2 e depois continua assim sucessivamente, por todas as casas numeradas.
Perde a vez quem:
Pisar as linhas do jogo
Pisar a casa onde está a pedrinha
Não acertar com a pedrinha na casa onde ela deva cair
Não conseguir (ou esquecer-se) de apanhar a pedrinha
Ganha quem acabar de saltar por todas as casas primeiro.
Em França, por fim, é marelle, denominação que deu origem a amarelinha, marelinha e maré no Brasil.
Na Galiza o jogo tem vários nomes: a chapa, truco, mariola, peletre, cotelo, macaca, estrícula, entre outros. Ainda que hoje a sua prática esteja muito reduzida, em tempos recuados, jogou-se em mais de 40 desenhos diferentes.