Alphas é uma série de televisão de ficção científicadramáticanorte-americana criada por Zak Penn e Michael Karnow. A série segue um grupo de pessoas com superpoderes, conhecidos como "Alphas", cujo trabalho é evitar que outros Alphas cometam crimes.
A série foi transmitida nos Estados Unidos pelo canal Syfy e foi co-produzido entre BermanBraun e Universal Television. Estreou no dia 11 de julho de 2011. Após inicialmente ter-se dito que a série tinha sido cancelada,[1] no dia 7 de setembro de 2011, a segunda temporada de Alphas foi anunciada com 13 episódios,[2] que posteriormente foi lançada no dia 23 de julho de 2012.[3]Em 16 de janeiro de 2013 a série foi cancelada em sua terceira temporada.[4]
História
A série segue cinco pessoas, conhecidas como "Alphas", lideradas pelo neurologista e psicólogo Dr. Lee Rosen enquanto investigam os crimes cometidos por outros Alphas. Rosen e a sua equipa operam sob a sigla D.C.I.S. (Defense Criminal Investigative Service), um braço de investigação criminal do Departamento de Defesa dos Estados Unidos. Enquanto investigam esses crimes, a equipa descobre que um grupo denominado "Red Flag" (Bandeira Vermelha), que se pensava estar derrotado e eliminado há muito tempo, está a utilizar outros Alphas para cometer crimes. Com a inclusão de Dr. Calder no episódio "Never Let Me Go", foi estabelecido que os Alphas iriam partilhar o universo junto com Eureka e Warehouse 13.
Personagens
Principais
David Strathairn como Dr. Lee Rosen – um médico especializado no estudo de pessoas com super poderes que ele designa de "Alphas", ele lidera uma equipa de Alphas que ajudam a identificar e impedir que outros Alphas cometam crimes.
Ryan Cartwright como Gary Bell – Um jovem autista que mora com a sua mãe. Ele possui a capacidade de "transdução", ou seja, ver e interagir com os sinais de comunicações sem fios e processa-as mais depressa do que um computador normal. Os sinais apenas podem ser vistos por ele, navegando entre elas apenas tocando-lhes.
Warren Christie como Cameron Hicks – um antigo fuzileiro com a capacidade de "hipercinese", que permite o seu cérebro processar o movimento muito mais rápido do que as outras pessoas. Essa capacidade permite-lhe melhores reflexos e excelente pontaria com armas de fogo ou com objetos atirados, bem como prever uma determinada trajectória. Contudo, ele não consegue realizá-la se estiver sob estresse e isso tem um efeito negativo sobre ele.
Azita Ghanizada como Rachel Pirzad – uma antiga linguista da CIA com a capacidade de aumentar a percepção dos cinco sentidos (visão, olfato, paladar, audição e tato) ao extremo, diminuindo os outros. Por exemplo, ela usa a capacidade de ver ao nível microscópico, descobrindo a composição química de substâncias. O fato de os seus sentidos estarem acima do normal, juntando a sua sinestesia, tornam-na muito pouco sociável.
Laura Mennell como Nina Theroux – uma jovem mulher com a capacidade de mentalmente "puxar" as pessoas e fazê-las realizar tarefas que ela pede (é chamada de hiperindução). Ela usa-a para uso pessoal, levando o seu namorado a cometer o suicídio acidentalmente. Nesse momento conta com a ajuda do Dr. Rosen para redimir-se. Nota-se que a personagem dela é a mais próxima de Rosen. Uma situação corrente da primeira temporada é que Nina tem sempre um carro novo "emprestado", sugerindo que mais uma pessoa foi vítima do seu poder. Se Nina abusar do seu poder numa pessoa, poderá causar-lhe a morte cerebral. Nina tem um grande controlo sobre a sua capacidade; pessoas com essa capacidade levam muito tempo a praticar o controlo da mesma. Quando elas falam com agentes do FBI, não estabelecem contato visual ou insistem em usar óculos escuros, com medo de serem induzidos.
Malik Yoba como Bill Harken – antigo agente do FBI com a capacidade de ativar as hormonas de força, resultando numa superforça. Ele não consegue manter a capacidade por muito tempo e, devido ao estresse, seu poder "ataca" seu próprio corpo.
Recorrentes
Callum Keith Rennie como Don Wilson – agente do FBI que trabalhou com o Dr. Rosen no passado.
Mahershalalhashbaz Ali como Nathan Clay – líder da unidade táctica do Departamento de Defesa com a tarefa de negociar com os Alphas.
Valerie Cruz como Kathy Sullivan – agente especial do Departamento de Defesa com a missão de ligação entre os membros da equipa do Dr. Rosen.
Desenvolvimento e produção
Originalmente conhecido como Section 8, Alphas foi inicialmente desenvolvido por Zak Penn e o co-criador Michael Karnow em 2006.[5][6] A série foi depois comprada por diversos canais, com algum interesse por parte da NBC e da ABC.[5] No final de 2007, a ABC ficou com a série, com um pacote de seis episódios.[7][8] Contudo, com a greve dos roteiristas dos Estados Unidos (2007-08), o projeto foi quase por água abaixo.[5] A 5 de agosto de 2009, após quase dois anos de muita luta à procura de canais disponíveis, o canal Syfy pediu um episódio piloto. Zak Penn e Michael Karnow escreveram o piloto, Jack Bender foi escolhido como diretor, com Gail Berman e Lloyd Braun como produtores executivos.[9]
O anúncio dos castings começaram em agosto de 2010, com David Strathairn e Ryan Cartwright a serem os primeiros a serem escolhidos. Strathairn como Dr. Lee Rosen, como líder/médico e professor excêntrico, e Cartwright como Gary Bell, um membro da equipa com autismo, que consegue ler as ondas transmitidas pelas telecomunicações.[10] O próximo a juntar-se à série foi Warren Christie como Cameron Hicks, um novo recruta com problemas psicológicos, abuso de drogas e problemas de autoridade, em que sua capacidade é a hipercinese.[11] Malik Yoba e Laura Mennell foram os seguintes, com Yoba no papel de Bill Harken, um antigo agente do FBI. A capacidade de Harken consiste em obter doses extremas de adrenalina, conseguindo ter uma força super-humana; e Mennell no papel de Nina Theroux. Sedutora, inteligente e confidente, Nina tem a capacidade de induzir as pessoas a fazeram o que ela quer.[12] Azita Ghanizada foi a última a ser escolhida, no papel de Rachel Pirzad, que desde muito cedo consegue expandir um dos cinco sentidos, um de cada vez.[13] As filmagens do episódio piloto ocorreram em Toronto, Canadá.[14]
Alphas foi considerada válida em 8 de dezembro de 2010 pela Syfy e foi transmitida no início no verão de 2011.[15] A série é uma co-produção entre BermanBraun e a Universal Television. Juntamente com a escolha do canal, o Syfy também anunciou que o produtor veterano de ficção científica Ira Steven Behr tinha sido escolhido como produtor executivo.[16]
A 30 de março de 2012, foi anunciado que Erin Way iria juntar-se ao elenco na segunda temporada, no papel de Kat, uma "misteriosa e solitária jovem, com a capacidade de escolher qualquer capacidade num piscar de olhos".[17]
Recepção
Crítica
Alphas foi recebido com críticas mistas positivas. Ganhou uma pontuação de 63 no Metacritic.[18]
O New York Post disse sobre o primeiro episódio: "Alphas é engraçado, certo, mas esteve lá, provocou esse sentimento".[19]
TV Fanatic deu ao programa uma crítica média, dizendo: "Tudo o que Alphas trouxe de novo já tinha sido feito".[20]
O New York Times deu ao programa uma crítica negativa: "Não está nem lá nem cá: pouco mistério e intriga e não é um drama convincente. Por agora parece uma versão beta".[21]
Variety deu uma crítica positiva: "Na primeira impressão, Alphas marca pontos pelo esforço e pela ingenuidade, demonstrando que um programa de televisão não necessita de grandes espetáculos piroténicos ou reinventar a roda, para garantir um bom entretenimento de verão, onde as personagens, apesar de refrescantes, são apenas super".[22]
O Los Angeles Times deu ao piloto uma crítica positiva: "Alphas habilmente atravessa os clássicos do género – capacidades não humanas, elenco variado, efeitos especiais interessantes, diálogos inteligentes e personagens que apetecem passar mais tempo. E isso é o maior superpoder de todos".[23]
Após a exibição de oito episódios, Maureen Ryan da AOL TV chamou-o de o mais promissor drama do verão: "Não apenas Alphas consegue evitar as falhas que outros projetos de super-heróis cometeram, como fizeram um bom trabalho a contar a sua história".[24]
Avaliações
O episódio piloto estreou com 2,5 milhões de espectadores, marcando 1,2 milhões na faixa etária entre 18–49 anos e 1,3 milhões na faixa etária entre 25–54, fazendo a melhor estreia do canal Syfy em dois anos.[25] Avaliações do Live + 7, aumentaram para um total de 3,6 milhões de espectadores, marcando 1,7 milhões na faixa etária entre 18–49 e 1,8 milhões na faixa etária entre 25–54.[26] No 11º episódio (o final de temporada), contudo, os espectadores caíram para 1,6 milhões.[27]
↑Armstrong, Jennifer (26 de outubro de 2007). «TV Networks Won't Be Script to Shreds». Entertainment Weekly (em inglês). Ew.com. Consultado em 12 de agosto de 2011
↑The Futon Critic Staff (28 de junho de 2010). «Development Update: Monday, 28 de junho». Breaking News (em inglês). The Futon Critic. Consultado em 10 de julho de 2011
↑Etan Vlessing (14 de outubro de 2010). «Syfy's Alphas pilot shooting in Toronto» (em inglês). Associated Press/The Hollywood Reporter. Consultado em 23 de julho de 2011