Aloé-aljava
O Aloidendron dichotomum (anteriormente Aloe dichotoma[1]), popularmente conhecido como aloé-aljava,[2][3] é uma espécie de aloe arborescente da família Xanthorrhoeaceae. Está presente na natureza apenas numa restrita área árida, que vai do noroeste da África do Sul até o centro-sul da Namíbia, revelando-se uma espécie muito resistente à seca e às variações climáticas, podendo acomodar-se em terrenos rochosos e secos e chegar a mais de quatrocentos anos.[4] [1] CaracterísticasA planta pode atingir os nove metros de altura e seis de envergadura, crescendo num tronco único, produzindo folhas longas de vinte a trinta centímetros, carnudas e espinhosas nas bordas.[4] Floresce no inverno até janeiro ou fevereiro, apresentando vistosas flores amarelas que podem ser ingeridas, tendo um gosto que se assemelha ao espargo. O tronco é revestido por uma película branca que ajuda a repelir os raios solares, formando pequenas escamas afiadas e cortantes.[1] Os tecelões aproveitam-se deste facto para nidificarem nos seus ramos, ficando ao abrigo de predadores. O nome científico desta planta se denomina dichotoma porque, quando da ramificação, cada broto se divide em dois ao crescer.[5] Como cresce em regiões extremamente áridas da África meridional, a planta aproveita qualquer fonte de umidade disponível para sua sobrevivência, inclusive o orvalho da madrugada.[5] Uso originalOs bôeres a chamaram de kokerboom, que significa «árvore-aljava» (ou, mais detalhadamente, "árvore da qual se fabricam aljavas"),[4] em virtude de seus galhos finos serem utilizados pelos bosquímanos para fabricar tal instrumento. Essa afirmação é encontrada em várias publicações, entre elas o livro História Geral da África – Vol. II, em que se lê:
Atualmente a planta se encontra protegida e preservada em alguns parques nacionais, como em Augrabies Falls, na África do Sul, e na Floresta do Aloé-aljava, na Namíbia. Galeria
Referências
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