Alfredo Andersen
Alfred Emil Andersen[1] (Kristiansand, 3 de novembro de 1860 — Curitiba, 9 de agosto de 1935) foi um pintor, escultor, decorador, cenógrafo, desenhista e professor norueguês radicado no Brasil. O artista é considerado o "pai da pintura paranaense”.[2] BiografiaFilho do Capitão da Marinha Mercante Tobias Andersen e de Hanna Carine Andersen, Alfredo aos 13 anos pintou sua primeira tela: “Akt”. Iniciou aos 17 anos os estudos na Academia de Belas-Artes de Cristiânia (atualmente Oslo), como aluno de Wilhelm Krogh, conhecido pintor na Noruega. Frequentou depois a Real Academia de Belas Artes de Copenhague, na Dinamarca, entre 1879 e 1883, onde foi, posteriormente, professor de Desenho. Em 1884, realizou sua primeira exposição individual. Fez uma viagem aos trópicos, a bordo de um veleiro, chegando até a costa brasileira, que o impressiona, pintando uma tela no porto de Cabedelo, na Paraíba. Posteriormente, decidiu voltar à América, mais especificamente a Buenos Aires, mas ao passar em Paranaguá, onde seu barco parou em função de reparos, simpatizou com o lugar e decidiu ficar no Brasil. Em Paranaguá conheceu Anna de Oliveira, uma jovem vinte e cinco anos mais moça, descendente de índios Carijó. Desse relacionamento nasceram quatro filhos. Após 1902, foi para Curitiba, onde fundou uma escola de desenho e pintura. Posteriormente, foi professor de desenho da Escola Alemã e do Colégio Paranaense, e diretor das aulas noturnas da Escola de Artes e Indústrias.[3] Em 1907, realizou uma primeira individual em Curitiba, com 18 óleos, sendo quatro retratos, e os restantes, paisagens e figuras. Seguiram-se várias outras exposições em Curitiba (1914, 1920, 1923 e 1930), no Rio de Janeiro (1918), e em São Paulo (1921). Participou do Salão de Belas Artes, conquistando menção honrosa (1916) e medalha de bronze (1933). O governo norueguês lhe ofereceu a direção de uma Escola de Belas Artes, em 1927, mas após um ano regressou ao Paraná, trazendo entre outros o seu “Retrato de Knut Hamsun”, atualmente na Galeria Nacional da Noruega. Ao completar 71 anos, em 3 de novembro de 1931, Andersen foi agraciado com o diploma de Cidadão Honorário de Curitiba pelos relevantes serviços prestados à arte do Paraná, primeiro título concedido a alguma personalidade pela Câmara Municipal. Pintou, em 1932, seu mais conhecido auto-retrato, que passou a pertencer ao acervo do Museu Nacional de Belas Artes. Andersen chegou a ser chamado o “Pai da Pintura Paranaense”[4] Faleceu a 9 de agosto de 1935, em sua residência-ateliê, mais tarde transformada no Museu Alfredo Andersen. A Sociedade Amigos de Alfredo Andersen (SAAA) foi fundada em 3 de novembro de 1940 com o objetivo de preservar e promover o legado de Alfredo Andersen. A iniciativa partiu de amigos e admiradores do artista, como João Turin, Oswald Lopes, Freyesleben, Theodoro De Bona, entre outros. A Sociedade teve papel essencial na preservação de sua obra. Em 1947, a SAAA impulsionou a desapropriação do imóvel onde Andersen viveu, com objetivo de preservar a memória do artista.[5] Em 1959, o Museu foi oficialmente criado passando a se chamar Casa de Alfredo Andersen - Escola e Museu de Arte. Mais tarde o prédio foi tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico do Estado e, em 1979, passou a denominar-se Museu Alfredo Andersen. FormaçãoSua formação artística ocorre em Oslo (Noruega), estudando com Wilhelm Krogh, Peter Eilaifson, Carl A. Andersen e o pintor regionalista Olaf W. Isaachsen. Entre 1879 e 1883, estudou como bolsista na Academia Real de Belas Artes.[6][7] Cronologia
Galeria
Referências
Ligações externas
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