Alfabeto fenício
O alfabeto fenício (na verdade um abjad/consonantário, por ter apenas as consoantes e não as vogais), foi o sistema de escrita usado na Fenícia (atuais Síria, Líbano e norte de Israel) que viria a dar origem a grande parte dos sistemas atuais. Foi adaptado do anterior alfabeto semítico[1] e seu registro mais antigo data de 1200 a.C. O sistema deriva da escrita protosinaítica, por sua vez derivada dos hieróglifos egípcios. A inovação do alfabeto fenício está em sua natureza puramente fonética, na qual cada símbolo representa um som, que exige a memorização de apenas alguns caracteres, diferentemente dos sistemas logográficos hieroglíficos e cuneiformes (apesar de não totalmente logográficos), com o primeiro se valendo de caracteres fonéticos e do segundo se valendo de um sistema silábico[A partir de quando? Antes ou depois do surgimento do sistema fenício?], em que cada caractere representava uma palavra, fazendo necessária a existência de milhares de caracteres (de forma similar aos caracteres chineses), que por sua vez exigiam alta especialização para serem aprendidos.[2] Dentre os sistemas derivados do fenício, estão o alfabeto grego, a escrita itálica antiga e o aramaico (que por sua vez originaria os abjads hebraico e árabe). Não são exemplos de descendência aqueles sistemas do sul da Arábia e o etíope.[3] O alfabeto fenício é melhor descrito como um abjad porque só contém caracteres para representar consoantes, as vogais devendo ser inferidas[4], enquanto que um verdadeiro alfabeto representa tanto consoantes quanto vogais. O alfabetoÉ interessante observar que, tendo origem em sistemas logográficos como o egípcio, o desenho das letras e seus nomes são acrofônicos, com o nome da letra iniciando com o som que ela representa e denunciando sua antiga significação pictográfica. Veja como, por exemplo, 'aleph significava boi e o caractere vinha da representação de uma cabeça de gado rotacionada em 90 graus.
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