Alexander von Zemlinsky

Alexander von Zemlinsky
Informações gerais
Nascimento 14 de outubro de 1871
Origem Viena
País  Áustria
Morte 15 de março de 1942 (70 anos)
Gênero(s) Romantismo
Instrumento(s) piano, órgão

Alexander von Zemlinsky (Viena, 14 de outubro de 1871Larchmont, 15 de março de 1942) foi um compositor, maestro e professor austríaco.

O trabalho mais conhecido de Zemlinsky é a Sinfonia Lírica (1923), uma peça em sete movimentos para orquestra, soprano e barítono. O trabalho influenciou a Suite Lírica de Alban Berg, que dedicou a obra para Alexandre. Outros trabalhos orquestrais incluem o poema sinfônico Die Seejungfrau, que estreou em 1905.

Biografia

Zemlinsky nasceu em Viena em uma família multicultural. Seu avô Anton Semlinski imigrou de Žilina, Hungria para a Áustria e casou-se com uma austríaca.[1] Ambos eram de famílias católicas e o pai de Alexander foi criado dessa forma. Já a mãe de Alexander nasceu em Sarajevo de um pai sefardita e de uma mãe Bosníaca muçulmana. Toda a família de Alexander foi convertida para o Judaísmo, e o compositor foi criado também dessa forma. Seu pai adicionou o termo aristocrático "von" em seu nome, ainda que nem ele nem seus antepassados fossem de fato nobres. O compositor também passou a escrever seu sobrenome com um "Z".[2]

Alexander estudou piano desde cedo. Ele tocava órgão em sua sinagoga nos finais de semana e foi aceito no Conservatório de Viena em 1884. Estudou piano com Anton Door, ganhando um prêmio em 1890. Na época, Zemlinsky também estudou composição e começou a escrever música.

Um dos incentivadores do trabalho do compositor era Johannes Brahms: foi ele que recomendou a Simrock a publicação da obra Trio de Clarinetes (1896) do jovem compositor. Zemlinsky também conheceu Arnold Schoenberg quando este passou a tocar na Polyhymnia, uma orquestra em que tocava violoncelo e que ajudou a fundar em 1895. Os dois tornaram-se amigos próximos, e cunhados, quando Schoenberg casou-se com Mathilde, irmã de Alexander. Zemlinsky ensinou a Schoenberg o contraponto, tornando-se o único professor formal de música que Schoenberg teve em vida.

Em 1897, a Sinfonia n.º 2 (cronologicamente a terceira, e por vezes referenciada dessa forma) foi um sucesso em sua estréia em Viena. Sua reputação como compositor foi auxiliada quando Gustav Mahler conduziu a estréia de sua ópera Es war einmal... (Era uma vez...) em 1900. Um ano antes, Zemlinsky assumiu o posto de Kapellmeister (mestre de capela), em Viena.

Também em 1900, o compositor conheceu e apaixonou-se por Alma Schindler, uma de suas alunas de composição. Apesar do sentimento ser recíproco, a pressão da família dela e de seus amigos em relação a Zemlinsky a fez terminar o relacionamento, casando-se com Gustav Mahler em 1902. Zemlinsky casou-se com Ida Guttmann em 1907, e após o falecimento de Ida em 1929, Zemlinsky casou-se com Luise Sachsel em 1930. Luise era quase trinta anos mais jovem que o compositor e era sua aluna de canto desde 1914. Seu relacionamento com ele durou até o falecimento de Zemlinsky.

Entre 1911 e 1927 foi maestro em Praga, estreando em 1924 com Erwartung de Schoenberg. Zemlinsky então mudou-se para Berlim onde lecionou e trabalhou como maestro. Com a proeminência do Partido Nazista, foi para Viena em 1933, onde não assumiu qualquer cargo oficial, concentrando-se em compor e reger ocasionalmente. Em 1938 mudou-se para Nova Iorque. Sofrendo uma série de derrames, parou de compor. Zemlinsky faleceu de pneumonia em Larchmont em 1942.

Referências

  1. Antony Beaumont: Zemlinsky. Faber and Faber, Londres, 2000, ISBN 0-571-16983-X
  2. «Cópia arquivada». Consultado em 21 de dezembro de 2007. Arquivado do original em 4 de janeiro de 2008