Alexander Tzagoloff
Alexander A. Tzagoloff (Moscou, 13 de março de 1937), é um bioquímico e geneticista conhecido por suas contribuições à compreensão da biogênese mitocondrial de leveduras. Seus trabalhos influenciaram profundamente o campo da biologia molecular, especialmente para a elucidação dos mecanismos de respiração celular e da síntese de ATP em eucariotos. Vida e carreiraSua família, originária da Ossetia, imigrou para os EUA em 1949 quando Tzagoloff era criança. Em New York, Tzagoloff graduou-se em química em 1959 e doutorou-se em bioquímica em 1962, ambos pela Universidade de Columbia. Realizou pós-doutorado sob orientação de David E. Green na Universidade de Wisconsin. Primeiramente, estabeleceu seu laboratório no Public Health Research Institute of New York. Em 1977, tornou-se professor e pesquisador em sua alma mater, a Universidade de Columbia, onde trabalhou até sua aposentadoria em 2021.[1] Escreveu o livro Mitochondria, tendo sua primeira versão publicada em 1982 pela editora Springer Publishing.[2] Foi premiado em 1999 com o Alexander von Humboldt Award e em 2010 com a Medalha Thomas Hunt Morgan pela Genetics Society of America (GSA) pelo trabalho dedicado ao campo da genética.[3] É casado com a poeta Helen Tzagoloff. O casal possui duas filhas: a pediatra Natasha Tzagoloff e a advogada Lydia Tzagoloff. Contribuições científicasGrande parte de sua carreira científica foi dedicada à compreensão da biogênese mitocondrial. Utilizou-se de abordagens genéticas e bioquímicas para manipular e estudar esse processo na levedura Saccharomyces cerevisiae. No campo da genética, seu laboratório foi o primeiro a isolar mutações de perda de função no DNA mitocondrial[4] e a sequenciar todos os genes desse genoma.[5] Tzagoloff descobriu que o código genético não é universal e definiu as diferenças no código genético mitocondrial.[6] Realizou um projeto de proteômica de média escala com o objetivo de catalogar e definir as funções de cerca de 215 genes nucleares, cuja mutação confere um fenótipo de deficiência respiratória em levedura[7]. Alguns desses fatores proteicos foram posteriormente encontrados como alvos de patologias mitocondriais em humanos.[8] Nos últimos anos, sua pesquisa se concentrou na compreensão dos mecanismos que governam a montagem e a regulação dos complexos da fosforilação oxidativa.[9] Referências
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