Aldo Olivieri

Aldo Olivieiri

O treinador Vittorio Pozzo com a taça Jules Rimet, rodeado por
seus jogadores após a final da Copa do Mundo FIFA de 1938.
O goleiro Olivieri, de roupa escura, é o quarto jogador agachado.
Informações pessoais
Nome completo Aldo Olivieri
Data de nascimento 2 de outubro de 1910
Local de nascimento San Michele Extra, Itália
Nacionalidade italiano
Data da morte 5 de abril de 2001 (90 anos)
Local da morte Camaiore, Itália
Altura 1,78 m[1]
Informações profissionais
Posição Goleiro
Clubes de juventude
Audace
Clubes profissionais
Anos Clubes Jogos e gol(o)s
1929 - 1934
1933 - 1934
1934 - 1938
1938 - 1942
1942 - 1943
Hellas Verona
Padova
Lucchese
Torino
Brescia
0096
0008
00120
0081
0034
Seleção nacional
1936-1940 Itália 24
O Stadio Aldo Olivieri, usado pela equipe feminina do Hellas Verona, primeiro clube do goleiro.

Aldo Olivieri (San Michele Extra, 2 de outubro de 1910Camaiore, 5 de abril de 2001) foi um futebolista, treinador e dirigente esportivo italiano. Foi o goleiro titular da seleção de seu país na conquista da Copa do Mundo FIFA de 1938, superando um prévio histórico de fratura craniana e de recomeço na segunda divisão italiana.[2]

Seu clube na época do título era a pequena Lucchese. Olivieri havia iniciado a carreira no Hellas Verona e em homenagem ao goleiro a equipe batizou um de seus campos auxiliares de Stadio Aldo Oliveiri,[2] usado pelo departamento de futebol feminino. Oliveiri foi o penúltimo dos titulares campeões de 1938 a falecer;[3] foi em 2001, aos 90 anos.[2]

Carreira clubística

Olivieri começou a carreira na no Hellas Verona, clube de sua província natal,[2] em 1929.[3] Em 1933, foi ao Padova, e em sua oitava partida pelo novo clube fraturou o crânio ao chocar-se com um atacante. Esteve fora de atividade por um ano e só voltou a jogar por optar em contrariar ordens médicas. Recomeçou a carreira na Lucchese, então uma equipe da segunda divisão italiana.[2]

A Lucchese venceu a Serie B de 1935-36, e em seguida o reerguido Olivieri estreou pela seleção italiana, em 15 de novembro de 1936.[carece de fontes?] Olivieri seguiu no Lucchese e como jogador da equipe foi convocado à Copa do Mundo FIFA de 1938,[2] muito embora seu clube tenha ficado em antepenúltimo na temporada anterior ao torneio, a de 1937-38.[carece de fontes?]

Após a Copa, Olivieri seguiu carreira no Torino.[2] Em sua primeira temporada no Toro, a de 1938-39, foi vice-campeão da Serie A para a Internazionale (Ambrosiana) enquanto sua ex-equipe da Lucchese, sem Olivieri, terminou em última e rebaixada. O goleiro deixou os grenás ao fim da temporada 1941-42, na qual foi novamente vice-campeão, para a Roma.[carece de fontes?] Olivieri jogou por mais uma temporada, encerrando a carreira em 1943 no Brescia,[2] promovido à elite como vice-campeão da Serie B de 1942-43 - curiosamente, o Torino, na mesma temporada, foi campeão da elite,[carece de fontes?] dando início ao chamado Grande Torino.[4]

Seleção

Olivieri estreou pela seleção italiana em 15 de novembro de 1936, em empate em 2-2 com a Alemanha em Berlim. Meses antes, seu clube, a Lucchese, havia vencido a segunda divisão de 1935-36.[carece de fontes?]

O goleiro italiano titular da Copa do Mundo FIFA de 1934, Gianpiero Combi, havia se aposentado ao fim daquele mundial.[5] Desde então, diversos outros goleiros vinham sendo testados. Carlo Ceresoli, da Internazionale, jogou as seis primeiras partidas pós-Copa, de 1934 ao fim de 1935; Guido Masetti, da Roma, apareceu na primeira partida de 1936. Até a estreia de Olivieri, em novembro daquele ano, Giuseppe Peruchetti (Brescia) jogou duas vezes seguidas e Bruno Venturini (Sampierdarenese) esteve nas quatro partidas das Olimpíadas do ano,[carece de fontes?] ganhas pela Azzurra.[3] Por fim, Ugo Amoretti (Juventus) foi o último antecessor de Olivieiri.[carece de fontes?]

Desde a estreia, Olivieiri esteve nas nove partidas seguintes da Itália, ausentando-se somente da última que a Azzurra realizou antes da Copa do Mundo FIFA de 1938, na qual as metas foram defendidas por Ceresoli (agora do Bologna). Ambos e o romanista Masetti foram os goleiros convocados ao mundial.[carece de fontes?]

Por seu clube, Ceresoli havia ganho o campeonato italiano de 1936-37;[carece de fontes?] ele também deveria ter sido o goleiro titular de 1934, terminando cortado após fraturar-se em treinamento, permitindo que Combi o substituísse.[6] Masetti, por sua vez, havia vencido a Copa anterior exatamente como reserva de Combi, após ser convocado às pressas justamente para repor a vaga deixada por Ceresoli.[7] Apesar do prestígio dos concorrentes e de ter terminado a temporada italiana de 1937-38 pela equipe antepenúltima colocada,[carece de fontes?] Olivieri venceu a disputa pela titularidade na seleção.[2] O representante da Lucchese esteve em todos os jogos da Itália na Copa de 1938.[carece de fontes?]

Na estreia, contra a Noruega, foi descrito como o melhor jogador italiano em uma partida em que o adversário pressionou, contando com o apoio da torcida dos anfitriões franceses.[8] O duelo opusera jogadores profissionais italianos contra amadores noruegueses e assim era esperado como uma goleada, com a vitória italiana por 2-1 sendo vista como decepcionante.[9] O treinador Vittorio Pozzo, irritado, fizera alterações substanciais para a partida seguinte, mas Olivieri foi mantido. O goleiro teve um desempenho excelente, sem ser considerado culpado pelos gols eventualmente sofridos.[8]

Olivieri seguiu como titular da seleção após o torneio, já como jogador do Torino. Foram mais oito partidas seguidas após o mundial, com Masetti interrompendo a série ao ser utilizado em 12 de novembro de 1939 em derrota de 3-1 para a Suíça em Zurique. Olivieri foi reutilizado no compromisso seguinte, uma derrota de 5-2 para a Alemanha em Berlim. Apesar da goleada, ele seguiu como goleiro da Itália nas três partidas seguintes da Azzurra, já no ano de 1940, quando despediu-se da seleção exatamente em reencontro com os alemães, derrotados por 3-2 em Milão.[carece de fontes?]

Títulos

Lucchese

Seleção Italiana

Referências

  1. «Pickford right height for victory». The Gambling Times. 6 de julho de 2018. Consultado em 6 de janeiro de 2020 
  2. a b c d e f g h i GEHRINGER, Max (novembro de 2005). Os campeões. Placar: A Saga da Jules Rimet, fascículo 3 - 1938 França. Editora Abril, pp. 42-43
  3. a b c DINIZ, Guilherme (abril de 2013). «Times históricos: Itália 1934-1938». Calciopédia. Consultado em 3 de março de 2018 
  4. DINIZ, Guilherme (abril de 2013). «Times históricos: Torino 1942-1949». Calciopédia. Consultado em 3 de março de 2018 
  5. GEHRINGER, Max (outubro de 2005). Esperança renovada. Placar: A Saga da Jules Rimet, fascículo 2 - 1934 Itália. Editora Abril, pp. 42-43
  6. GEHRINGER, Max (outubro de 2005). Os campeões. Placar: A Saga da Jules Rimet, fascículo 2 - 1934 Itália. Editora Abril, pp. 40-41
  7. BRANDÃO, Caio (11 de abril de 2016). «Renato Cesarini, pai de "La Máquina" do River e descobridor nato de talentos, faria 110 anos». Futebol Portenho. Consultado em 3 de março de 2018 
  8. a b CASTRO, Robert (2014). Capítulo IV - Francia 1938. Historia de los Mundiales. Montevidéu: Editorial Fín de Siglo, pp. 56-78
  9. GEHRINGER, Max. Replay de Berlim (nov. 2005). Placar Especial "A Saga da Jules Rimet fascículo 3 - 1938 França". São Paulo: Editora Abril, p. 32