Akira Nota: Para outros significados, veja Akira (desambiguação).
Akira (アキラ?) é um mangá japonês. Criado por Katsuhiro Otomo, é considerado um clássico do estilo cyberpunk (mesmo que o género ainda não tivesse chegado ao país quando Akira começou a ser publicado).[1][2] Acabou dando origem a um longa-metragem de animação com o mesmo nome, lançada em 1988, que também tem roteiro e arte de Katsuhiro Otomo.[3] O mangá é publicado no Brasil pela Editora JBC e foi premiado no 30º Troféu HQ Mix na categoria Publicação de Clássico.[4] EnredoA história desenrola-se em Neo-Tóquio, uma cidade de Tóquio reconstruída (sobre o que é hoje a Baía de Tóquio) depois de ter sido destruída na III Guerra Mundial. Segundo vem depois a constar, a III Guerra Mundial foi (supostamente) iniciada pelo crescimento incontrolável de poderes sobrenaturais de uma criança chamada Akira, que foi registrado num programa governamental secreto de pesquisa. No tempo real do enredo, 30 anos depois da III Guerra Mundial, uma gangue de motoqueiros liderada por Kaneda é envolvida em uma luta com a gangue rival, quando o membro mais novo da gangue de Kaneda, Tetsuo, colide numa auto-estrada com uma criança misteriosa que havia escapado do programa de investigação psíquica secreta do governo. Tetsuo é depois levado pelos responsáveis deste programa governamental juntamente com a criança e é sujeito às mais diversas experiências. O incidente com a criança misteriosa bem como os testes realizados acordaram os poderes latentes de Tetsuo, com desastrosas consequências a nível pessoal e interpessoal, gerando conflitos psicológicos internos e desavenças com os seus amigos, além de sujeitar Neo-Tóquio à ameaça de um novo incidente. A narrativa se concentra, fundamentalmente, em torno da ideia básica de indivíduos com poderes sobre-humanos, particularmente com capacidades psicocinéticas. No entanto, boa parte da história aborda as relações entre as personagens, bem como problemas sociais e políticos. O comentário social não é particularmente profundo ou filosófico, mas sobretudo um olhar crítico sobre a alienação da juventude, a ineficiência e corrupção do governo, o cientificismo, isto é, a insensibilidade científica e sua subjugação aos interesses do poder, e um sistema militarizado, desagradado com os compromissos da sociedade moderna. Enxerga-se na obra também uma forte e distinta presença da ameaça atômica no imaginário japonês e, em sentido global, da ilusão humana de seu controle; outros pontos também podem ser observados enquanto frutos de uma mentalidade holística intrínseca à constituição da episteme oriental, como se pode notar na representação de Akira. No mangá, Akira é um personagem que surge apenas no segundo volume, enquanto que no filme, Akira foi dissecado para pesquisa e os seus restos mortais permanecem armazenados em crioconservação por baixo do Estádio Olímpico de Tóquio. Esta mudança tem um efeito dramático sobre a história. No mangá, Akira e Tetsuo aliam-se e depois Akira destrói Neo-Tóquio. O mangá tem muitas diferenças em relação ao filme, mas o resultado é o mesmo em ambos. Personagens
Troféu HQ MixA série do mangá Akira, em suas duas versões brasileiras, foi premiado 5 vezes no Troféu HQ Mix.
Filme/animeVer artigo principal: Akira (filme)
Referências
Ligações externas |