Agranulocitose
Agranulocitose, também chamada de Granulocitopenia é um termo que designa uma certa alteração do sangue. Diz-se de uma condição aguda caracterizada pela falta ou acentuada redução de leucócitos granulócitos (neutrófilos, basófilos e eosinófilos), que são subtipos específicos de um tipo de célula sanguínea, os glóbulos brancos. A quantidade de granulócitos por volume de sangue abaixo da qual se considera como Agranulocitose é de 500 células por milímetro cúbico de sangue. Diagnóstico e quadro clínicoO diagnóstico é feito a partir de uma contagem sanguínea completa. A quaantidade de neutrófilos estará abaixo de 500 células/mm³, podendo atingir nulidade. O mielograma mostra células mielóide normocelulares com promielócitos com maturação interrompida. Para diagnosticar corretamente a agranulocitose, outras patologias com sintomatologia semelhante devem ser excluídas, como anemia aplástica, hemoglobinúria paroxística noturna, síndrome mielodisplásica e leucemia. Para isso, é indispensável a análise da medula óssea vermelha. CausasAs causas de Agranulocitose podem ser muito variadas e aí se incluem o uso de alguns medicamentos, exposição a radiação, imunodeficiência adquirida (AIDS), desnutrição e fatores genéticos, dentre outros. Exemplo de droga que pode causar agranulocitose : Clozapina (antipsicótico usado para tratamento da esquizofrenia), Propiltiouracil (antitireoidiano usado no tratamento de hipertireoidismo), Dipirona (Analgésico de ação periférica também conhecido como Metamizol), e até mesmo cocaína adulterada, geralmente por Levamisol. TratamentoO tratamento da Agranulocitose consiste, primariamente, na interrupção da exposição ao fator causador do distúrbio. O médico especialista nesta condição é o hematologista. Ele saberá diagnosticar a causa, estabelecer o tratamento e determinar as possibilidades de evolução e ou cura. Dipirona SódicaA dipirona sódica (Metamizol) foi confirmada tendo relações de aplasia medular em usos prolongados além de agranulocitose. Foi introduzida em 1921 e desde então vem sendo largamente utilizada em preparações de venda livre. De largo uso em países como Brasil, Rússia, Israel, Espanha, México, Índia. Outros países restringiram as associações ao uso hospitalar ou apenas na forma injetável. Continuam disponíveis em muitos outros. Nos EUA foi retirado do mercado e proibido para exportação pelo FDA. Na Austrália, o Departamento de Saúde proibiu sua importação em 1965. Na Noruega foi retirado do mercado. .[1] [2]
Porém, estudos[4][5] realizados no Brasil e em outros países indicam dados diferentes dos levantados nos Estados Unidos, aparentando uma possível tendência comercial nas decisões emanadas pela FDA, com lobby de grandes laboratórios. Referências
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