Afonso V de Leão
Afonso V de Leão (994 - Viseu, Portugal, 7 de Agosto de 1028), chamado o Nobre ou o dos Bons Forais, filho de Bermudo II de Leão e da sua esposa Elvira Garcia,[1] filha de Garcia Fernandes, conde de Castela e neta de Fernão Gonçalves.[2] Afonso reinou de 999 a 1027. Durante a sua menoridade, a sua mãe, a rainha Elvira, foi co-regente com o conde Mendo Gonçalves até 1008, o ano da morte do conde, após o qual Afonso reinou sozinho.[3] Afonso herdou um reino cheio de instabilidade política. A sua mãe Elvira Garcia, junto com os três mais importantes nobres do reino quase que desaparecem da vida política. Esse nobres eram: o conde de Castela Sancho Garcia,[2] o chefe dos Banu Gómez, o conde Garcia Gómez e o conde Portucalense Mendo Gonçalves,[4] tutor do Infante Afonso, que tinham sido uma fonte de problemas durante a regência. Afonso V quer instalar uma nova administração, e para isso precisa primeiro de um novo quadro legal. Assim, em 1017, numa reunião da Cúria Regia, promulga a Carta de Leão, que tem sido descrita como a sanção legal do feudalismo em Leão.[5] Ele tentou acabar com a agitação da nobreza e recuperar o poder real. Esta decisão recebe o nome de "Carta de Leão" e na parte é um conjunto de regras decretadas pelo rei Afonso V de Leão e pelo concilium reunido na Catedral de Leão em 1020. São 20 preceitos que foram adicionados mais 28 que regem a vida local, na cidade de Leão. Morreu durante um cerco que pôs à cidade de Viseu, Portugal em 1028. Seu corpo foi levado para a cidade de Leão e enterrado no Panteão dos Reis da Basílica de Santo Isidoro, acompanhado por seus pais.[6] O túmulo de pedra em que foi depositado o corpo do rei encontra-se bem preservado, sendo possível ler na sua tampa a seguinte mensagem que aparece esculpida em latim: H. IACET ADEFONSUS QUI POPVLATIT LEGIONEM...ET DEDIT BONOS FOROS ET FECIT/ECCLESIAM HANC LVTO ET LATERE. HABVIT PRAELIA CUM/SARRACENIS, ET INTERFECTUS,EST SAGITTA APUD VISEUM/PORTUGAL FUIT FILIUS VEREMUNDI ORDONII/OBIIT ERA M SEXAGESIMA QUINTA III NAS M.[6]
Matrimónio e descendênciaPrimeiro casou-se em 1013 com Elvira Mendes, filha do tutor de Afonso V, Mendo Gonçalves,[7][8] conde do condado de Portucale, e de Tutadona, e quem teve:
A rainha Elvira morreu em 2 de dezembro de 1022.[9] No ano seguinte, entre maio e novembro de 1023,[10] o rey Afonso se casou com Urraca Garcês de Pamplona, filha do rei Garcia Sanches II de Pamplona e de Jimena Fernandes. Deste casamento nasceu: Referências
Bibliografia
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