Adriano de Paiva
Adriano de Paiva de Faria Leite Brandão (Braga, 1847 - Vila Nova de Gaia, 1907) foi um fidalgo, professor e cientista português. É considerado um dos pioneiros da invenção da televisão. BiografiaNascido em Braga a 22 de Abril de 1847, filho de João de Paiva da Costa Leite Brandão e de sua mulher Miquelina Emília de Faria, era descendente de Adriano de Paiva, com genealogia no Mestre de Avis. Concluídos os seus estudos secundários, matriculou-se aos 14 anos de idade na Universidade de Coimbra, nos cursos de Filosofia e Matemática. Obteve o título de Bacharel pela Faculdade de Matemáticas aos 19 anos, e o de Doutor em Filosofia em 1868, com a tese intitulada "As causas actuais implicam diferentes épocas geológicas?" recebendo louvor pela sua capacidade dedutiva. Para receber a borla e o capelo de doutor, teve de esperar pela maioridade, aos 21 anos. Na ocasião, o seu padrinho na cerimónia foi o infante D. Augusto. Em 1871 casa com uma prima, que possuía o título de Senhora dos Morgados de Quebrantões e mais tarde Campo Bello. Em 1872 foi nomeado professor da nona cadeira (Química) da Academia Politécnica do Porto, vindo a lecionar, pouco depois, a sexta cadeira (Física).[1] Nela lecciona um programa de carácter generalista, publicando neste período um tratado sobre termodinâmica. No ano lectivo de 1877-1878, dirigiu a cadeira de Física Teórica e Experimental, patente em diversos cursos administrados na Academia. Neste período, quando foram divulgadas pela imprensa no país as notícias sobre a invenção do telefone por Alexandre Graham Bell, Paiva Brandão considerou a possibilidade de, do mesmo modo que era possível transmitir sons à distância, transmitir imagens animadas. Embora a ideia não fosse inédita, a originalidade da sua teoria residia no fato de ter sido o primeiro a propor o uso de selênio no desenvolvimento do que denominou como um sistema de "telescopia eléctrica". Entretanto, não chegou a efetuar os testes que a comprovariam, limitando-se a publicar apenas um estudo teórico a esse respeito na revista científica "O Instituto", de Coimbra, em 1878.[2] Em 1881 foi nomeado correspondente da Academia das Ciências de Lisboa. Foi ainda membro associado do Instituto de Coimbra, membro fundador da Sociedade de Instrução do Porto, membro fundador e perpétuo da Sociedade dos Electricistas de Paris e presidente da secção portuguesa desta sociedade. Em reconhecimento aos seus méritos, o rei D. Luís concedeu-lhe o título de conde de Campo Belo e nomeia-o como "par do Reino". Notas
Bibliografia
Ligações externas
|