Adriano Comneno
Adriano Comneno (em grego: Ἁδριανὸς Κομνηνός; romaniz.: Adrianòs Komnenós; em latim: Adrianus Comnenus) foi um aristocrata e general bizantino, e um irmão mais novo do imperador Aleixo I Comneno (r. 1081–1118). Elevado às posições de protosebasto e doméstico das escolas do Ocidente, participou nas campanhas contra os invasores normandos liderados por Roberto Guiscardo e Boemundo e nas investidas contra os pechenegues, tendo comandando um contingente franco na desastrosa batalha de Dristra. BiografiaAdriano Comneno foi o quarto e penúltimo filho do doméstico das escolas João Comneno, o jovem irmão do imperador Isaac I Comneno (r. 1057–1059) e Ana Dalassena.[1] [2] De acordo com o historiador Nicéforo Briênio, após a morte de João, Ana confiou Adriano a seu irmão mais novo Nicéforo aos tutores, e deu a eles uma educação enciclopédica.[2] Após a ascensão de Aleixo ao poder em 1081, Adriano foi elevado à nova dignidade de protosebasto e passou a receber os rendimentos da península de Cassandra inteira, na Calcídica.[3] Foi também confiado com comandos militares nas campanhas de 1082–1083 contra os normandos de Roberto Guiscardo e Boemundo na Tessália. Em 1086, sucedeu Gregório Pacuriano como doméstico das escolas do Ocidente, e em 1087, lutou na batalha de Distra contra os pechenegues, comandando um contingente mercenário franco no centro bizantino. A batalha terminou em uma derrota desastrosa, e Adriano por pouco não foi capturado.[4] Adriano é mencionado na A Alexíada como tendo participado em 1091 na campanha contra os pechenegues (junto com o protoestrator Miguel Ducas, ele supervisionou a construção de uma ponte sobre o rio Evros), mas não é registrado na decisiva batalha de Levúnio.[5] Pouco depois, Adriano teve um grande desentendimento com seu irmão mais velho, o sebastocrator Isaac: Isaac afirmou que Adriano era o responsável pelas acusações de conspiração contra o imperador que foram levantadas contra seu filho João, governador de Dirráquio.[5] Em 1094, Adriano presidiu sobre o tribunal que julgou Nicéforo Diógenes, o filho do imperador Romano IV Diógenes (r. 1068–1071), que tinha tentado assassinar o imperador. No mesmo ano, é registrado como tendo participado no sínodo que condenou Leão da Calcedônia.[6] A data de sua morte é disputada: a data comumente aceita decorre de um manuscrito que registra-o se retirando para um mosteiro sob o nome monástico João, e morrendo em 16 de abril de 1105. Basil Skoulatos, contudo, duvida desta informação, uma vez que o nome de Adriano está ausente da lista de mortos do tipicon Cecharitomeno (escrito ca. 1118), mas está presente no tipicon Pantocrator de 1136. Assim, Skoulatos coloca a morte de Adriano em algum momento entre 1118 e 1136.[7][8] FamíliaAdriano casou-se com a porfirogênita Zoé Ducena, a terceira filha do imperador Constantino X Ducas (r. 1059–1067) e Eudócia Macrembolitissa.[7] Alguns estudiosos, incluindo Paul Magdalino, Jean-Claude Cheynet, e Konstantinos Varzos, identificam Adriano e Zoé com um João Comneno e uma Ana "dos Ducas" (o último sendo supostamente o nome monástico de Zoé) que são mencionados em inscrições tumulares na Igreja de Pamacaristo, em Constantinopla, como os fundadores da igreja, junto com seus descendentes.[9] Se esta identificação está correta, então os filhos de Adriano foram:[10]
Referências
Bibliografia
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