Adolfo de Lima MayerAdolfo de Lima Mayer (Lisboa, São José, 20.05.1878 - Sintra, São Martinho, 20.04.1919) foi um empresário português dos séculos XIX e XX. Do lado do seu pai, António Mayer Junior, era neto do francês António Simão Mayer, capitão do exército do General Junot, que lhe deu o encargo de promover um serviço de comunicações entre Sevilha e Lisboa, que assegurasse o abastecimento das tropas francesas, durante a Guerra Peninsular. Do lado da mãe, Clementina de Lima, descendia de uma familia Lima, de Vinhais e Bragança, cuja ascendência remontaria ao século de 500. A avo paterna, Jeanette Salomon, era de origem judaica[1]. Sucedeu ao comando da sociedade comercial fundada pelo seu pai[1]. Mandou construir, sobre projeto do veneziano Nicola Bigaglia, um edifício no principio da Rua do Salitre, fazendo esquina com a Avenida da Liberdade, hoje conhecido como Palácio Mayer. Galardoado com o Prémio Valmor de 1902 e hoje sede do Consulado de Espanha em Lisboa, o palácio constitui um assinalável exemplar de arquitetura revivalista em Portugal, sendo o Renascimento o período de referência eleito para a recolha e reprodução do vocabulário arquitetónico e gramática ornamental[2]. A propriedade incluía um extenso jardim, que na sequencia da morte de Adolfo de Lima Mayer foi vendido a Artur Brandão, o primeiro promotor de um parque de diversões, que posteriormente o vendeu de novo ao jornalista, escritor e empresário, um dos criadores da Revista à Portuguesa, Luís Galhardo, que com outros sócios constituiu a Sociedade Avenida Parque[3]. Nascia assim o Parque Mayer, inaugurado, precisamente em 15 de junho de 1922[2]. Casou em Lisboa, em 1870, com D. Maria Amália Rosalina Pereira Guimarães[1] Era irmão de Carlos de Lima Mayer[1]. Referências
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