Acetato de cobre(II)
Acetato de cobre (II), também referido como acetato cúprico, é o composto químico com a fórmula Cu2(OAc)4 aonde AcO- é acetato (CH3CO2-). O derivado hidratado, o qual contém uma molécula de água para cada átomo de cobre, é disponível comercialmente. Cu2(OAc)4 é um sólido cristalino verde escuro, enquanto o Cu2(OAc)4(H2O)2 é mais verde-azulado. Desde a antiguidade, acetatos de cobre de alguma forma tem sido usados como fungicidas e pigmentos verdes. Hoje, Cu2(OAc)4 é usado como uma fonte de cobre (II) em síntese inorgânica e como um catalisador ou um agente oxidante e síntese orgânica. Acetato de cobre, como todos os compostos de cobre, emite um fulgor verde-azulado em chama. HistóriaAcetato de cobre (II) é o componente primário do verdigris, a substância azul-esverdeada que forma-se sobre o cobre durante longas exposições a atmosfera. Ela foi historicamente preparada em vinhedos, já que o ácido acético é um subproduto da fermentação. Lâminas de cobre eram alternadamente mergulhadas com peles de uva fermentada e resíduos da produção de vinho e expostas ao ar. Isto deixava uma substância azul na parte externa das lâminas. Isto era então raspado e dissolvido em água. O sólido resultante era usado como um pigmento, ou combinado com o trióxido de arsênio para formar acetoarsenito de cobre, um poderoso inseticida e no fungicida chamado verde de Paris ou verde de Schweinfurt. Usos em síntese químicaOs usos para o acetato de cobre (II) são mais amplos como um catalisador ou agente oxidante em síntese orgânica. Por exemplo, Cu2(OAc)4 é usado para acoplar dois alcinos terminais para fazer um 1,3-di-ino:[1]
A reação procede com a intermediação de acetiletos de cobre (I), os quais são oxidados pelo acetato de cobre (II), resultando o radical acetilida. Uma reação relacionada que envolve acetilidas de cobre é a síntese de inaminas, alcinos terminais com grupos amina usando Cu2(OAc)4.[2] EstruturaO Cu2(OAc)4(H2O)2 adota a estrutura "lanterna chinesa" sendo também visto pelos tetra-acetatos relacionados Rh(II) e Cr(II).[2][3] Um átomo de oxigênio sobre cada acetato é ligado a um cobre a 1.97 Å (197 pm. Completando a esfera de coordenação estão duas moléculas de água ligantes, com distâncias Cu-O de 2.20 Å (220 pm). Os dois átomos de cobre pentacoordenados estão separados por somente 2.65 Å (265 pm), os quais estão próximos à separação Cu—Cu em cobre metálico.[4] Os dois cobres centrais interagem resultando em diminuição do momento magnético mais próximo de 90 K, Cu2(OAc)4(H2O)2 é essencialmente diamagnético devido a cancelação dos dois spins opostos. Cu2(OAc)4(H2O)2 foi um passo crítico no desenvolvimento das modernas teorias para acoplamento antiferromagnetico.[5] SínteseO acetato de cobre (II) tem sido sintetizado por séculos pelo método descrito na seção histórica. Este método, entretanto, leva a um acetato de cobre impuro. Em laboratório, uma forma muito mais pura pode ser sintetizada em um procedimento de três passos. A reação geral é a seguinte:[6]
A forma hidratada pode ser desidratada por aquecimento a 100 °C no vácuo:[4]
Aquecendo uma mistura de Cu2(OAc)4 anidro e cobre metálico tem-se acetato cuproso incolor e volátil:[6]
Ver também
Ligações externas
|