42 mártires de AmórioOs 42 mártires de Amório (em grego: οἰ ἅγιοι μβ′ μάρτυρες τοῦ Ἀμορίου) foram um grupo de oficiais seniores bizantinos levados prisioneiros pelo Califado Abássida no Saque de Amório em 838 e executados em 845, após se recusarem a se converter ao islamismo. Eles são celebrados pela Igreja Ortodoxa como santos em 6 de março. EventosEm 838, o califa abássida Almotácime (r. 833–842) liderou uma grande campanha contra o Império Bizantino que terminou no saque da cidade de Amório, a capital do Tema Anatólico e local de nascimento da reinante dinastia amoriana.[1] Após o saque, 42 oficiais e notáveis de Amório foram levados reféns para Samarra, então capital do Califado Abássida. Esforços repetidos do imperador Teófilo (r. 829–842) e, após sua morte em 842, de Miguel III, o Ébrio (r. 842–867) e a imperatriz regente Teodora para resgatá-los foram repelidos pelos califas. Após se recusarem a se converter ao islã, foram executados em Samarra em 6 de março de 845.[2] Apenas alguns deles são conhecidos pelo nome:
Hagiografia e veneraçãoA hagiografia dos 42 foram escritos logo após a execução deles pelo monge Euódio, que usou o destino deles e o saque de Amório como uma acusação e prova da retribuição divina contra a reimposição da iconoclastia pelo imperador Teófilo. A narrativa de Euódio principalmente contêm discussões teológicas entre os prisioneiros firmes e vários indivíduos — desertores bizantinos, oficiais muçulmanos, etc. — enviados para convencê-los durante seus sete anos de aprisionamento. Sua execução foi então conduzida por escravos etíopes às margens do Eufrates. A hagiografia de Euódio é o "último exemplo do gênero de martírio coletivo" e foi amplamente disseminada, com várias variações da lenda dos 42 mártires aparecendo nos autores posteriores.[10] O dia de celebração dos 42 mártires é 6 de março, o dia da execução deles. Representações pictóricas dos 42 são raras na arte bizantina, diferente de seus análogos, os 40 mártires de Sebaste; quando eles são descritos, estão representados simplesmente como um grupo de oficiais de vestimenta cortesã.[10] Referências
Bibliografia
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