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Ácidos graxos n−6 (popularmente conhecidos como ácidos graxos ω−6 ou ácidos graxos ômega-6) são uma família de ácidos graxos insaturados que tem em comum uma ligação dupla carbono–carbono na posição n−6, ou seja, na sexta ligação, a partir de sua terminação metil.
Os efeitos biológicos dos ácidos graxos n−6 são mediados por sua conversão em eicosanoides n-6 que se ligam a diversos receptores encontrados em todos os tecidos do corpo. A conversão de tecido ácido araquidônico (20:4n-6) para n-6 Prostaglandina e n-6 hormônios Leucotrienos é objeto de vários estudos para remédios e tratamentos para diminuir excessivas ações n-6 em arteriosclerose, asma, artrite, doenças vasculares, trombose, processos imuno-inflamatórios e proliferação de tumores. Interações competitivas com o ômega 3 afetam a reserva, mobilização, conversão e ação dos precursores eicosanoides n-3 e n-6.
Estudos de 2008 com ratos sugerem que o ácido araquidônico, uma gordura ômega 6, pode destruir neurônios, causando o Mal de Alzheimer.[1]
Efeitos negativos para a saúde
Algumas pesquisas médicas sugerem que níveis excessivos de ácidos graxos n-6, em relação a certos ácidos graxos n-3, podem aumentar a probabilidade de ocorrência de algumas doenças.[2][3][4]
As dietas ocidentais contemporâneas tipicamente têm proporções de ômega 6 para ômega 3 em excesso de 10 para 1, algumas chegam a 30 para 1. A razão indicada é estimada em 4 para 1 ou menor.[5][6]
Excesso de gorduras n-6 interfere com os benefícios à saúde de gorduras n-3, em parte, porque elas competem pelas mesmas enzimas. A alta proporção de gorduras n-6 para n-3 na dieta altera o estado fisiológico dos tecidos em direção ao aparecimento de várias doenças: pro-trombóticas, pro-inflamatórias e pro-constritivas.[7]
A produção crônica excessiva de eicosanoides n-6 é associada com ataques cardíacos, derrame trombótico, arritmia, artrite, osteoporose, inflamação, alterações de humor, obesidade e câncer.[8] Vários medicamentos usados para tratar e administrar essas condições agem bloqueando os efeitos da potente gordura n-6, o ácido araquidônico.[9] Vários passos na formação e ação dos hormônios n-6 a partir de ácido araquidônico seguem mais vigorosamente do que os correspondentes passos competitivos na formação e ação de hormônios n-3 a partir de ácido eicosapentaenoico.[10] As medicações inibidoras COX-1 e COX-2, usadas para tratar inflamação e dor, agem prevenindo que as enzimas COX convertam ácido araquidônico em compostos inflamatórios.[11] Os medicamentos inibidores de LOX frequentemente usados para tratar asma agem prevenindo que a enzima LOX converta o ácido araquidônico em leucotrienos. [12][13] Vários dos medicamentos anti-mania usados para tratar o distúrbio bipolar agem alvejando a cascata de ácido araquidônico no cérebro.[14]
Um alto consumo de omega-6 ácidos graxos polinsaturados (PUFAs), os quais são encontrados na maior parte dos óleos vegetais, pode aumentar a probabilidade de mulheres pós menopausa desenvolvam câncer de mama.[15] Efeitos similares foram observados em relação ao câncer de próstata.[16] Outras análises sugeriram uma associação inversa entre ácidos graxos polinsaturados e risco de câncer de mama, porém ácidos graxos polinsaturados individualmente considerados comportam-se diferentemente. [...] um derivativo 20:2 de ácido linoleico [...] foi inversamente associado com o risco de câncer de mama.[17]
Fontes dietárias
Os quatro principais óleos alimentares (palma, soja, canola, e girassol) provêm mais de 100 milhões de toneladas anualmente, provendo mais de 32 milhões de toneladas de ácido linoleico n-6 e 4 milhões de toneladas de ácido alfa-linoleico.[18]
Fontes dietéticas de ácidos graxos n-6 incluem:[19]
Ver também
Referências
- ↑ Omega 6 acid linked to risk of Alzheimer's no jornal britânico The Guardian
- ↑ Lands, William E.M. (2005). «Dietary fat and health: the evidence and the politics of prevention: careful use of dietary fats can improve life and prevent disease». Blackwell. Annals of the New York Academy of Sciences. 1055: 179–192. PMID 16387724. doi:10.1196/annals.1323.028
- ↑ Hibbeln, Joseph R.; N; B; R; L; Nieminen, Levi R.G.; Blasbalg, Tanya L.; Riggs, Jessica A.; and William E.M. Lands (1 de junho de 2006). «Healthy intakes of n−3 and n−6 fatty acids: estimations considering worldwide diversity». American Society for Nutrition. American Journal of Clinical Nutrition. 83 (6, supplement): 1483S–1493S. PMID 16841858. Consultado em 14 de agosto de 2011. Arquivado do original em 25 de junho de 2010
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