William Thomas Stead
W. T. Stead (Embleton, 5 de julho de 1849 – Oceano Atlântico, 15 de abril de 1912) foi um jornalista e editor de jornal britânico que, como pioneiro do jornalismo investigativo, denunciou um caso de pedofilia e exploração de menores na Era vitoriana.[1][2] Stead publicou uma série de campanhas extremamente influentes enquanto editor de The Pall Mall Gazette, e é melhor conhecido por sua série de artigos The Maiden Tribute of Modern Babylon, escrito em apoio de um projeto de lei para elevar a idade de consentimento de 13 para 16 anos, apelidado de "Stead Act."[3] O 'novo jornalismo' de Stead pavimentou o caminho do moderno tabloide na Grã-Bretanha.[3] Stead foi influente em demonstrar como a imprensa poderia ser usada para influenciar a opinião pública e a política do governo, e advogava o "Governo pelo Jornalismo". Ele também era conhecido por suas reportagens sobre bem-estar infantil, legislação social e reforma dos códigos criminais da Inglaterra.[4]
BiografiaStead nasceu em 1849 em Embleton, em Northumberland. Era filho do reverendo William Stead, da Igreja Congregacionalista e Isabella Jobson, filha de um fazendeiro de Yorkshire. Um ano depois de seu nascimento e a família se mudou para Howdon, onde seu irmão mais novo, Francis Herbert Stead, nasceu.[5] Seu pai foi o responsável por grande parte de sua educação, em casa, e aos 5 anos de idade já conhecia as escrituras bíblicas e dizia que sabia ler tanto latim quanto inglês.[6] Sua mãe, porém, deve ter sido a grande influência para sua carreira. Algumas das lembranças de infância favoritas de Stead são de sua mãe engajada com a política local.[7] De 1862 a 1864, ele estudou na Silcoates School]] em Wakefield, onde tornou-se aprendiz no escritório mercante de Quayside, em Newcastle upon Tyne, tornando-se escriturário.[8] Morte no TitanicStead embarcou no Titanic para uma visita aos Estados Unidos onde faria parte de um congresso pacifista no Carnegie Hall a pedido do Presidente Taft. Sobreviventes do Titanic relataram pouco sobre as últimas horas de Stead.[9] Ele conversava animado em sua refeição de 11 pratos na noite fatídica, contando histórias emocionantes (incluindo um sobre a múmia amaldiçoada do Museu Britânico), mas se retirou para seu aposento às 22:30h.[9][9] Após o navio ter atingido o iceberg, Stead ajudou diversas mulheres e crianças a entrar nos botes salva-vidas, em um ato "típico de generosidade, coragem e humanidade" e deu seu colete salva-vidas para outro passageiro.[4] O sobrevivente Philip Mock viu Stead, se agarrando a um bote com John Jacob Astor IV. "Seus pés ficaram congelados", relatou Mock, "e foram obrigados a se soltar. Ambos morreram afogados." O corpo de William Stead nunca foi recuperado.[10] Stead muitas vezes alegou que morreria por linchamento ou se afogaria.[4] Ele publicou duas peças que ganharam maior significado à luz de seu destino no Titanic. Em 22 de março de 1886, ele publicou um artigo com o nome de How the Mail Steamer Went Down in Mid Atlantic by a Survivor,[11] onde um navio a vapor colidia com outro navio, resultando em uma grande perda de vidas devido ao insuficiente número de botes salva-vidas. Stead adicionou: "Isso é exatamente o que pode acontecer e acontecerá se os transatlânticos forem enviados ao mar com falta de botes". Em 1892, Stead publicou uma história chamada From the Old World to the New,[12] em que um navio, o Majestic, resgatava sobreviventes de outro navio que colidiu com um iceberg. Referências
Bibliografia
Ligações externas
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