O Cocheiro da Morte
O Cocheiro da Morte (em sueco "Körkalen") é um romance da escritora sueca Selma Lagerlöf, primeira mulher laureada com o Prêmio Nobel de Literatura. O romance apresenta a recontagem de uma antiga lenda da Bretã, na qual o último homem a morrer na véspera de Ano Novo será condenado a passar o ano seguinte servindo de cocheiro para a morte, libertando as almas de seus corpos mortos. Foi publicado originalmente em 1912 e surgiu, inicialmente, como uma propagadanda educacional encomendada pela Associação Nacional Sueca de Combate a Tuberculose para servir de alerta sobre a doença. [1] TramaO romance se passa em uma pequena cidade sueca no início do século XX. Edite, uma jovem assistente social que trabalha para o Exército da Salvação, está morrendo na véspera de Ano Novo, gravemente doente com tuberculose. Antes de morrer, ela quer ver David Holm, um de seus protegidos, mais uma vez. Ambos têm uma conexão do passado. David Holm, um alcoólatra violento, foi o primeiro a ir ao seu centro social recém-inaugurado no dia de Ano Novo, há um ano. Lá foi tratado por Edite, que sempre quis ajudá-lo, apesar dele sempre rejeitar seu auxílio. Quando Edite descobre que David era casado, mas que sua esposa e filhos o haviam abandonado devido a seus problemas com a bebida e seu comportamento agressivo, ela trata de convencer a esposa de David a voltar para casa juntamente com os filhos, acreditando em uma possível regeneração por parte do marido. Mas, ao fazer isso, Edite assume grande culpa, uma vez que David torna-se mais violento e agora trata sua esposa e filhos pior do que antes, intentando até mesmo, deliberadamente, infectar seus próprios filhos com tuberculose, da qual ele também padece. Edite agora quer tentar uma última vez colocar tudo em ordem, antes que a morte chegue para levá-la. Enquanto isso, David encontra-se no cemitério com seus companheiros de bebida, onde conta-lhes a horrível lenda do cocheiro da morte a qual, certa vez, ouvira de um velho amigo chamado Georges. Georges foi uma péssima influência na vida de David, seduzindo-o para uma vida de bebedeiras e de irreponsábilidades, porém, já há algum tempo, correm boates pela cidade acerca de que George sucumbira na véspera de Ano Novo do ano anterior. Sempre metendo-se em confusão, David briga com os amigos de bebedeira, que o golpeiam em defesa própria, fazendo com que ele acabe por sofrer uma hemorragia interna, tombando no chão praticamente sem vida. Quando David morre, o relógio da torre da igreja bate meia-noite e com um terrível rangido a carroça da morte se aproxima de seu corpo morto. O cocheiro aparece para David e eis que não é outro senão o seu velho amigo, Georges. David agora deve substituir Georges e servir como condutor da morte por um ano. [2] AdaptaçõesO romance foi adaptado pela primeira vez em 1921, ainda na era do cinema mudo pelo cineastra sueco Victor Sjöström, sob o título "A Carruagem Fantasma" [3] . Outras duas adartações foram feitas pelo cineastra francês Julien Duvivier em 1939, e outra pelo também sueco Arne Mattsson em 1958, como uma refilmagem da versão original de 1921. Referências
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