Marcos Caetano de Abreu e Meneses
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Cidadania
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Reino de Portugal
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Ocupação
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administrador colonial
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Marcos Caetano de Abreu e Meneses ou Marcos Malheiro de Bacelar e Menezes foi um militar, aristocrata e administrador colonial português do princípio do século XIX.
Recebeu o alvará de moço fidalgo a 17 de agosto de 1782.[1] É nomeado governador de Moçambique a 11 de dezembro de 1811[2] e a 29 de janeiro de 1812 recebeu o cargo ou "título do conselho" de capitão-general da mesma província ultramarina.[3] Exerceu a sua governação de agosto de 1812 a fevereiro de 1817.
À chegada encontrou uma província algo abandonada e que imediatamente tomou conta com muita eficácia, nomeadamente correndo para fora com os estrangeiros que comercializavam na sua costa sem autorização do Reino de Portugal, que faz nota para Lisboa, através de uma carta, expondo um incidente com ingleses.[4]
Em abril de 1822 obteve o tratamento de senhoria[5] e em 27 de de 1825 a mercê do lugar de deputado da Junta da Administração do Tabaco.[6]
A 2 de outubro de 1833 foi desafetado do Corpo da Brigada Real da Marinha, por ter combatido a aclamação de D. Maria II de Portugal e a política liberal do seu governo constitucional. Na altura era coronel,[7] posto que com toda a certeza exercia desde o tempo em que o parente da sua mulher, Conde da Barca, dirigia o Ministério da Marinha e do Ultramar.[8]
Dados genealógicos
Era filho de:
Casou com: D. Maria do Carmo Cabral da Cunha, açafata da infanta D. Isabel Maria da Conceição de Bragança e que por ter prestado esse bom serviço terá recebido dela, como regente do Reino de Portugal, em 23 de Agosto de 1827, a mercê de metade do rendimento da Barca do Possinho na comarca de Moncorvo[9].
Morreram sem geração[10].
Referências
- ↑ Alvará. Foro de Moço Fidalgo, 17 de Agosto de 1782, Registo Geral de Mercês de D. Maria I, liv.13, f. 213v, Arquivo Nacional da Torre do Tombo
- ↑ Ensaio sobre a estatistica de Moçambique: e suas dependencias na costa oriental da Africa ao sul do Equador, Francisco Maria Bordalo, Imprensa Nacional, 1859, pág. 126
- ↑ Diccionário Aristocrático, por Innocêncio Francisco da Silva, Typografia do Panorama, Lisboa, 1867, livro 19º folha 83 verso, pág. 118
- ↑ Bahia de Lourenço Marques: Questão entre Portugal e a Gran-Bretanha sujeita á arbitragem do presidente da Republica Franceza. Segundo memoria do governo portuguez (Replica da memoria ingleza), Imprensa Nacional, 1874, pág. 36
- ↑ Marcos Caetano de Abreu e Meneses, Referência: PT/TT/RGM/F/0019/158586, em 1822-04-20, Carta. Tratamento de Senhoria, Cota: Registo Geral de Mercês, D.João VI, liv.16, fl.63v, ANTT
- ↑ Marcos Caetano de Abreu e Meneses, Referência: PT/TT/RGM/F/0019/158587, em 1825-07-23, Alvará. Lugar de Deputado da Junta da Administração do Tabaco, Cota: Registo Geral de Mercês, D.João VI, liv.20, fl.180v, ANTT
- ↑ Gazeta de Lisboa, Parte 2, Edições 1-135, Imprensa Nacional, 1833, pág. 329
- ↑ Carta de D. Maria do Carmo Cabral da Cunha, Referência: PT/UM-ADB/FAM/FAA-AAA/000510, Cota: B-8(23, 1), Arquivo Distrital de Braga
- ↑ Frei Gonçalo Velho, por Ayres de Sá; Vol. II. Sociedade de Geographia, Lisboa : Imp. Nacional, 1900, pág.s 99 e 100.
- ↑ Informação retirada numa genealogia manuscrita constante no Arquivo Almada.