Idanha-a-Velha
Idanha-a-Velha é uma povoação portuguesa do Município de Idanha-a-Nova, na antiga província da Beira Baixa, região do Centro (Região das Beiras) e sub-região da Beira Interior Sul, que foi sede da extinta Freguesia de Idanha-a-Velha, freguesia que tinha 20,78 km² de área e 63 habitantes (2011), e, por isso, uma densidade populacional de 3 hab/km². A Freguesia de Idanha-a-Velha foi extinta em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, para, em conjunto com a Freguesia de Monsanto, formar uma nova freguesia denominada União das Freguesias de Monsanto e Idanha-a-Velha com a sede em Monsanto.[3] Idanha-a-Velha foi sede de um antigo município extinto em 1879, data em que passou para o concelho (atual município) de Idanha-a-Nova.[4] É uma das Aldeias Históricas de Portugal. Em 2017 foi nomeada na Categoria de "Aldeias Monumento", no Concurso "7 Maravilhas de Portugal - Aldeias" sendo uma das 7 Pré-Finalistas. Toponomicamente, Idanha-a-Velha poderá derivar da denominação romana "Cidade dos Igeditanos" (Civitas Igaeditanorum), terminologia que viria a tornar-se Igeditânia.[5] O nome Egitânia só surge em documento do século VI e dele derivam a forma visigótica Egitânia e a forma árabe Idânia. População
Nos anos de 1900 a 1930 estava anexada à freguesia de Alcafozes (decreto de 02/05/1879). Pelo decreto lei nº 23.324, de 09/12/1933, foi desanexada, passando a constituir uma freguesia autónoma (Fonte: INE) HistóriaA povoação foi fundada no período de Augusto (século I a.C.)[7] e a fundação deste núcleo populacional teve para Roma uma importância extrema entre Guarda (Lancia Oppidana) e Mérida (Augusta Emerita).[4] A ocupação romana desta zona está bem comprovada pela observação detalhada das muralhas edificadas entre os séculos III a IV, quando do início das Invasões Bárbaras. É possível identificar os inúmeros vestígios materiais de habitações e templos romanos existentes na povoação, com o reaproveitamento de pedra nas construções posteriores. De facto, esta muralha só cercava parte do que terá sido a magnífica cidade do Alto Império. Segundo algumas teorias, terá sido aqui que, em 305, terá nascido o Papa São Dâmaso I.[8] Os elementos romanos mais importantes foram destruídos no século V pelos Suevos, restando vestígios em condições muito diversas: a Ponte de Alcântara, que ligava Mérida (Augusta Emerita) a Astorga (Asturica), o Forum, o Podium de Vénus (sobre o qual foi construída a Torre dos Templários), e as Termas, a sul do Forum. No concílio de Lugo, em 569, participou também Idanha, ainda não apelidada de "a Velha". A prosperidade veio com a conquista visigótica, durante a qual foram construídos a Catedral, o Palácio dos Bispos, o Paço episcopal e a Ponte de São Dâmaso. Em 713, os mouros tomaram a cidade e destruíram-na. Reconquistada pelo Rei Afonso III de Leão, foi perdida novamente, só tendo sido definitivamente tomada por D. Sancho I. Em 1319, D. Dinis doou-a à Ordem de Cristo e o foral só foi renovado no tempo de D. Manuel I em 1514.[7] Os seus marcos mais importantes são o Pelourinho, a Igreja Matriz, as Capelas de São Dâmaso, de São Sebastião e do Espírito Santo. Festas e Romarias
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Militar
Religioso
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