Federalismo MundialFederalismo mundial propõe a criação de uma estrutura mundial de governança democrática acima dos estados nacionais com base em princípios federalistas. Essa federação mundial teria autoridade em questões de alcance global, enquanto o poder sobre as questões locais residiria nos integrantes dessa federação[1]. OrigensAo longo da história, diversos pensadores defenderam a instituição de um governos mundial, tais como:
Associação para Unir as DemocraciasEm 1939, Clarence Streit , correspondente do New York Times na Liga das Nações, publicou o livro "Union Now" (União Agora), no qual propôs a união federal das principais democracias. Tal união, deveria ocorre gradualmente como meio de prevenir a possibilidade de guerras futuras. Em 1940, Streit fundou a "Association to Unite the Democracies" (Associação para Unir as Democracias), uma organização sem fins lucrativos comprometida com o crescente movimento federalista influenciado por seu livro. Essa federação seria necessária para proteger o mundo livre contra os regimes totalitários com a expectativa de que, os países sob governos totalitários, pudessem, eventualmente, se tornar integrantes da federação, desde que fossem substituídos por governos democráticos[7]. Movimento federalista mundialO Movimento federalista mundial é um movimento global de cidadãos com membros e organizações associados ao redor do mundo. Sua secretaria internacional se localiza em Nova Iorque junto à sede das Nações Unidas. Fundado em 1947 em Montreux, Suíça, o movimento engloba organizações e indivíduos comprometidos com a visão de "uma ordem mundial justa mediada pelas Nações Unidas fortalecidas". O MFM tem o status consultivo ECOSOC dentro das Nações Unidas e conta atualmente com cerca de 40.000 partidários. Os integrantes do movimento veem o mundo como uma sociedade que abrange toda a humanidade em toda a sua diversidade e acreditam que os ideais e princípios da vida comunitária são básicos para a existência civilizada e, portanto, podem e devem ser aplicados às relações internacionais. Desse modo, defendem o progresso no desenvolvimento de instituições jurídicas mundiais democráticas, pelas quais os povos e nações do mundo possam governar suas relações para assegurar uma comunidade mundial pacífica, justa e ecologicamente sustentável. Para isso, entendem que tais instituições devem ter autoridade real e suficiente para fazer e fazer cumprir a lei em suas jurisdições, de acordo com o princípio federalista básico de subsidiariedade, que é a divisão da autoridade e jurisdição política entre os diferentes níveis de governo e a resolução dos problemas no nível em que ocorrem, em geral no nível mais local possível. A essência do federalismo mundial é buscar investir autoridade legal e política em instituições mundiais para lidar com problemas que só podem ser tratados adequadamente em nível global, ao mesmo tempo em que afirma a soberania do Estado-nação em questões que são essencialmente internas[8]. Associação por uma Constituição e um Parlamento MundialEm 1958, foi fundada a World Constitution and Parliament Association (WCPA) (Associação por uma Constituição e um Parlamento Mundial), para promover o princípio da governança democrática global, que resultaria em uma federação pacífica de todas as nações e povos do mundo com direitos humanos, liberdade, justiça e bem-estar para todos. Em 1968, duzentos delegados de 27 países se reuniram na Suíça e na Alemanha Ocidental e deram início a uma Assembleia Constituinte Mundial. Nas duas décadas seguintes, o documento foi aprimorado por especialistas em direito internacional em três Assembleias Constituintes adicionais, até a conclusão do documento em 1991[9]. Em 1982, a ocorreu a primeira sessão de um "Parlamento Mundial Provisório" foi realizada na Inglaterra, com delegados de 25 países. A primeira legislação mundial provisória aprovada por esta assembleia incluiu o desarmamento global, o desenvolvimento econômico, a educação, a propriedade dos oceanos e dos fundos marinhos e os tribunais mundiais. Depois disso, foram realizadas outras treze sessões em diferentes países. O Parlamento também criou um "Colégio Mundial de Juízes"[10] [11] [12]. Democracia sem FronteirasA entidade denominada como "Democracia sem Fronteiras" que defende uma abordagem holística para a promoção da democracia que abrange desde o nível local até o global e, ao mesmo tempo, abrange as dimensões de representação, participação, deliberação e co-decisão e, nesse contexto:
Outros fatos relacionados
Ver tambémReferências
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